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a experiência humana só terá sentido se algo para lá do humano vier em nossa ajuda, em nosso socorro. o nosso drama é que a única coisa que desse género ou natureza parece poder vir é a morte, a nossa própria morte.

24 de setembro de 2007

deus de repente

de repente parece que o ar tem mais força,


que o prazer é mais intenso,

que os rostos dos outros deixaram de ser

o rosto dos outros e

como pele,

puzzle,

tornaram-se na nossa face,

na nossa alegria,

na nossa festa,

e até mesmo se choramos,

é água,

como podia ser saliva,

ou esperma,

matérias da nossa humanidade em desvairio

de repente é como se um clarão se tivesse aberto no céu e o

nosso deus agnóstico, descrente, ateu

abrisse os braços

em forma de pomba e então é como se, repentinamente,
deus,

a pomba,

o próprio céu,

fossem um pouco menos estúpidos, maus, belicosos, e

assim, a visão que repentinamente de ti surge.

2 comentários:

  1. passei e deixei!


    "olhos nos olhos
    e eu acreditasse no destino
    No fado
    Num deus maior e superior.
    Se eu acreditasse
    Que a vida está predestinada
    É escrita e manobrada
    Por alguém que não por mim.
    Ansiaria o momento da morte
    Prepará-lo-ia
    Preparar-me-ia
    Para face ao deus-mor lhe perguntar:
    Eh pá, embirraste comigo foi?
    Foi bom para ti? Divertiste-te?
    E olhos nos olhos de deus dir-lhe-ia:
    Que belo sacana tu me saíste!"

    by encandescente

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  2. muiiiiiiiitiiiiiiiiiiiissiiiiiiiimo bom !!

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